Suor e calorão favorecem a candidíase; veja como se proteger – Revista Máxima – 31/12/2017

Dra. Naira Scartezzini Senna em entrevista concedida para a Revista Máxima

 

Tirar o biquíni molhado assim que chegar da praia ajuda na prevenção

A principal queixa durante os meses mais quentes do ano nos consultórios de ginecologia são os incômodos causados pela candidíase. Apesar de a infecção poder ocorrer durante o ano todo, no verão, como suamos mais e ficamos por longos períodos com o biquíni molhado no corpo, o perigo aumenta. “Nossa flora genital natural é composta por fungos e bactérias que vivem em equilíbrio, nos protegendo de infecções. Porém, situações como calor excessivo, umidade e abafamento podem promover um desequilíbrio desta flora e criar oportunidades para o aumento da população de fungos”, esclarece Naira Scartezzini Senna, ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz São Caetano.

 

Os sintomas mais clássicos são coceira na região genital e saída de secreção branca e espessa pela vagina. Também pode surgir ardência ao urinar e dores na relação sexual. “O diagnóstico é clínico e pode ser feito com um simples exame ginecológico, onde o médico verificará a presença de vermelhidão nos genitais e acúmulo de secreção característica da infecção por fungos”, diz a médica. O tratamento normalmente é simples, com antifúngico e pomadas anti-inflamatórias que amenizam a coceira e a vermelhidão. No entanto, não tome remédio por conta própria. Apenas o médico, de acordo com o quadro do paciente, pode receitar o melhor tratamento.

 

Confira alguns cuidados de higiene íntima para diminuir o desequilíbrio da flora genital e reduzir as chances de multiplicação dos fungos na região:

 

– Absorventes diários são vilões no combate aos fungos, pois aumentam a temperatura da região íntima e promovem abafamento com aumento da umidade. Eles devem ser usados apenas durante a menstruação ou em situações específicas.

 

– A princípio sabonetes líquidos íntimos não têm contraindicação. Prefira aqueles sem perfumes ou corantes agressivos à vulva.

 

– A roupa de banho deve ser trocada com regularidade. Não permaneça com biquínis ou maiôs úmidos por muito tempo.

 

-O ideal é que a roupa íntima seja bem lavada e seca. Evite pendurar e secar calcinhas no banheiro. Por ser um ambiente pouco arejado, a roupa pode ficar úmida e se tornar um ambiente propício os fungos.

Dra. Naira Scartezzini Senna em entrevista concedida para a Revista Máxima Acesse aqui a matéria na íntegra

 

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